domingo, 6 de janeiro de 2013

como ser maduro sem deixar de querer muito:

Oi, querida!

Não quero bagunçar sua cabeça, se o fiz. Como eu te disse ontem acho que foi o processo todo que de certa forma
- ou da forma certa - me comoveu. Por que em grande parte o risco do jogo é entrar no jogo. E onde tem perigo tem medo.
Podem se suceder uma série de conversas chatas com muitas pessoas, ou uma só. Mais chata que todas as outras( in my humble opinion).

Eu entrei nessa brincadeira, exatamente como vc esperava me encontrar ( 'maduramente' desapegado ), aconteceu que você querendo sem
querer - nem sempre nessa ordem - me cativou fodidamente. O que por si é uma coisa maravilhosa, eu estava precisando me sentir capaz
de ser cativado por alguém. Mesmo assim, isso não te obriga a absolutamente nada em relação a mim, é uma das coisas que tenho que te
dizer como pessoa emocionalmente madura. A outra é que eu sei que nós podemos ter uma coisa legal juntos, por motivos que eu não vou
enumerar tanto por achar que não é necessário quanto para não jogar essas palavras nos torvelinhos da tua crisação, if that is.

Eu não tenho como dizer que vou casar com você ou coisa que o valha, nem quero falar isso uma hora dessas. Mas o que acontece é que o
meu medo, que me faz chamar o Amor da droga mais pesada de todas é que assim como o LSD ele não deixa o seu corpo. Quando alguém
descobre-se amando outra pessoa, quando estrelas explodem em supernovas nos seus estômagos -eu amo dizer-, a relação acaba e isso
fica. Existindo em um nível parecido com o de um braço amputado. Vc sabe disso, eu não preciso dizer. É como eu disse na metafora do
marinheiro que vê o pontinho preto do outro lado do oceano, ele pode deixar o vento ou virar a cana do leme, ele não é amigo do mar,
mas o ama e vive nele.

Um beijo,

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